domingo, 18 de abril de 2010

O Apanhador no Campo de Centeio

J.D Salinger
Editora do Autor - 207 páginas

O livro, escrito originalmente em 1951, é narrado em 1ª pessoa por Holden Caulfield, um rapaz de 17 anos, que vive em NY e provém de uma família abastada.
Por ter sido reprovado em 4 matérias, ele é expulso do prestigiado Colégio Pencey. Decide, então, sair da escola antes da comunicação oficial aos seus pais e do final do ano letivo, que ocorreria em 4 dias.

A partir daí, a história gira em torno das situações vividas na rua, enquanto decide o que fazer: as viagens de trem/ táxi/ a pé; as bebedeiras nos bares ; a estadia no hotel Edmont; a matinê com a amiga Sally; os passeios pelo Central Park; o encontro com as freiras num café da manhã; o encontro com a irmã caçula em casa, às escondidas; o susto na casa do professor Antolini.

Em cada etapa, ele descreve seus sentimentos: o que o alegra; o que o chateia; o que o irrita; o que o deprime. Aliás, com freqüência, ele passa de um estado de humor para o outro de uma forma rápida, simplesmente porque alguém apareceu ou disse algo. E muita coisa o deprime. Só de pensar numa situação, já fica deprimido.

Enquanto está na escola, ele conta como era seu relacionamento com os amigos, descreve o que cada um tinha de melhor/pior e, mesmo quando diz que um colega era desagradável, no fim, ele ainda fica com pena do pobre coitado. Assim foi Ackley e Stradlater.
Interessante é o carinho com que ele fala dos irmãos: D.B, o mais velho, escreve bem, mas foi para Hollywood “se vender”; Allie, dois anos mais novo e super inteligente, morreu de leucemia; Phoebe, a caçula de 10 anos, é a alegria de sua vida e, de certa forma, a responsável por brecar sua trajetória de atos inconsequentes.


Por fim, ao ter seu esgotamento nervoso diagnosticado, vai se tratar e, por isso, decide contar sua epopéia nos dias que perambulou pela cidade, em busca de si e das questões que a vida impunha.

Bom mesmo é o livro que quando a gente acaba de ler fica querendo ser um grande amigo do autor, para se poder telefonar para ele toda vez que der vontade”. Holden

Posso não concordar com muita coisa que Holden disse ou fez, mas nisso eu concordo com ele e assino embaixo!

Boa leitura!