Philip Roth
Companhia das Letras - 102 páginas
"Sou um mentiroso. E nem mesmo sei mentir bem. Sou uma fraude." (página 28)
Simon Axler, um ator de 65 anos, de repente percebe que seu talento se foi: não consegue mais subir num palco e interpretar:
"uma sorte esse talento que me foi dado, uma sorte que já passou." (pág 29)
A mulher o abandona e, sem saber como seguir a vida, decide se internar num hospital psiquiátrico. Seria o fundo do poço?
Então, depois de 26 dias, ele volta para casa e reencontra Pegeen Stapleford, 25 anos mais nova, filha de um casal de amigos atores.
De repente, Simon se vê envolvido por Pegeen e ambos decidem "assumir o risco" de um relacionamento. Seria o momento de sair do poço e tentar uma nova vida?
Boa leitura!
Resenhas de livros que li e, de certa forma, gostei. Muito ou pouco. Não tenho o objetivo de comparar escolas literárias, estilos, datas, épocas... Leitura pra mim é diversão e divulgo o lado alegre, poético, lúdico, desafiador de cada livro. Boa viagem!
segunda-feira, 29 de abril de 2013
terça-feira, 23 de abril de 2013
Caravana Contrária
Mário Chamie (1933 -2011)
Geração Editorial - 204 páginas
"Amor é / a força / viva da dor. / Mas dor / de amar / é a força viva / do amor, / sombra que morre / sem passar, / sol que nasce / sem se por." ( Sol Permanente - página 74)
A poesia de Chamie é única: não dá pra comparar. Surpreendente, insana, impossível, irreverente, humana, filosófica (esta como bem lembrou Gilberto Freyre, certa vez).
Suas palavras carregam mais que simbolismos:
"Por trás / de toda palavra / há uma trama / cavada." (trecho de Por trás da palavra - pág 43)
São labirínticas:
"O sábio que há em você / não sabe o que sabe / o tolo que não se vê. / Sabe que não se vê / o tolo que não sabe / o que há de sábio em você. / Mas o tolo que há em você / não sabe o sábio que você vê." (O tolo e o sábio - pág 143).
Boa leitura!
Geração Editorial - 204 páginas
"Amor é / a força / viva da dor. / Mas dor / de amar / é a força viva / do amor, / sombra que morre / sem passar, / sol que nasce / sem se por." ( Sol Permanente - página 74)
A poesia de Chamie é única: não dá pra comparar. Surpreendente, insana, impossível, irreverente, humana, filosófica (esta como bem lembrou Gilberto Freyre, certa vez).
Suas palavras carregam mais que simbolismos:
"Por trás / de toda palavra / há uma trama / cavada." (trecho de Por trás da palavra - pág 43)
São labirínticas:
"O sábio que há em você / não sabe o que sabe / o tolo que não se vê. / Sabe que não se vê / o tolo que não sabe / o que há de sábio em você. / Mas o tolo que há em você / não sabe o sábio que você vê." (O tolo e o sábio - pág 143).
Boa leitura!
sábado, 20 de abril de 2013
História Fácil
Zezina Bellan
Z3 Editora - 122 páginas
" A boa história é aquela que produz emoção. Porque a emoção produz aprendizagem." (página 18)
O livro é dividido em 3 partes:
1) Os tipos de histórias para as crianças (contos de fadas, fábulas, lendas etc)
2) O papel das histórias no desenvolvimento infantil ( o que explorar em cada idade e de que forma) e
3) Técnicas para contar histórias (com fantoches, sucatas, livros etc).
Apesar de interessantes, tudo é tratado de forma muito superficial. A autora, por exemplo, menciona 30 técnicas para contar histórias, mas não se aprofunda, nem ilustra nenhuma. Descreve basicamente o que é e sugere a criatividade para explorar a técnica.
Além disso, ao falar dos contos de fadas, por exemplo, emenda com a história bíblica de Isaque e Rebeca da seguinte forma: " Na Bíblia também há histórias com estas características literárias..." (página 22), dando a entender, de forma involuntária, que o relato bíblico também é um conto de fadas.
Claro que não deve ter sido proposital, mesmo porque ao falar das fábulas e relatar outra história bíblica em seguida, ela ressalta que "... não se pode classificar uma história bíblica como sendo fábulda porque, estando inserida na Bíblia - a Palavra de Deus - acreditamos ser verdade e ter acontecido realmente." (página 30)
A obra é interessante, mas deixou muita coisa solta, no ar.
Funcionou como um prefácio de algo que poderia ter evoluído com exemplos mais objetivos e edificantes.
Z3 Editora - 122 páginas
" A boa história é aquela que produz emoção. Porque a emoção produz aprendizagem." (página 18)
O livro é dividido em 3 partes:
1) Os tipos de histórias para as crianças (contos de fadas, fábulas, lendas etc)
2) O papel das histórias no desenvolvimento infantil ( o que explorar em cada idade e de que forma) e
3) Técnicas para contar histórias (com fantoches, sucatas, livros etc).
Apesar de interessantes, tudo é tratado de forma muito superficial. A autora, por exemplo, menciona 30 técnicas para contar histórias, mas não se aprofunda, nem ilustra nenhuma. Descreve basicamente o que é e sugere a criatividade para explorar a técnica.
Além disso, ao falar dos contos de fadas, por exemplo, emenda com a história bíblica de Isaque e Rebeca da seguinte forma: " Na Bíblia também há histórias com estas características literárias..." (página 22), dando a entender, de forma involuntária, que o relato bíblico também é um conto de fadas.
Claro que não deve ter sido proposital, mesmo porque ao falar das fábulas e relatar outra história bíblica em seguida, ela ressalta que "... não se pode classificar uma história bíblica como sendo fábulda porque, estando inserida na Bíblia - a Palavra de Deus - acreditamos ser verdade e ter acontecido realmente." (página 30)
A obra é interessante, mas deixou muita coisa solta, no ar.
Funcionou como um prefácio de algo que poderia ter evoluído com exemplos mais objetivos e edificantes.
sexta-feira, 5 de abril de 2013
Maravilhosa Graça
Philip Yancey
Editora Vida - 278 páginas
"...a graça é realmente surpreendente: trata-se de nossa última palavra perfeita." (página 11)
Numa época de legalismos e moralismos, ler sobre graça é um bálsamo para a alma.
Os fariseus de plantão, que insistem em ver o cisco no olho alheio e fazem vista grossa às suas próprias imperfeições, existem aos milhares. Muitos agem, escrevem e se promovem como donos da verdade, mas na prática são egoístas e idólatras do próprio ego. Onde estão os frutos do Espírito? Onde estão o amor, o perdão, a graça?
O autor nos leva a refletir sobre esses assuntos e comportamentos, primeiro com a definição do que é graça e, depois mostra o que ela faz em/por nós.
"[a graça trata] de não levar em conta" (pág 55)
"Graça significa que não há nada que possamos fazer para que Deus nos ame mais (...) e significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos." (pág 64)
"A lei simplesmente indicava a enfermidade; a graça realizou a cura" (pág 197)
Depois, ele traz esses conceitos para os dias atuais, onde política e religião se tornaram "a bola da vez":
"...estamos enfatizando menos a misericórdia e mais a moralidade." (pág 217)
Com lucidez, o autor nos leva a caminhar com compaixão, amor e perdão diante dos conflitos da vida.
Difícil?
Talvez, mas nesse caso dar um passo com "graça" já mais que meio caminho andado.
Boa leitura!
Editora Vida - 278 páginas
"...a graça é realmente surpreendente: trata-se de nossa última palavra perfeita." (página 11)
Numa época de legalismos e moralismos, ler sobre graça é um bálsamo para a alma.
Os fariseus de plantão, que insistem em ver o cisco no olho alheio e fazem vista grossa às suas próprias imperfeições, existem aos milhares. Muitos agem, escrevem e se promovem como donos da verdade, mas na prática são egoístas e idólatras do próprio ego. Onde estão os frutos do Espírito? Onde estão o amor, o perdão, a graça?
O autor nos leva a refletir sobre esses assuntos e comportamentos, primeiro com a definição do que é graça e, depois mostra o que ela faz em/por nós.
"[a graça trata] de não levar em conta" (pág 55)
"Graça significa que não há nada que possamos fazer para que Deus nos ame mais (...) e significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos." (pág 64)
"A lei simplesmente indicava a enfermidade; a graça realizou a cura" (pág 197)
Depois, ele traz esses conceitos para os dias atuais, onde política e religião se tornaram "a bola da vez":
"...estamos enfatizando menos a misericórdia e mais a moralidade." (pág 217)
Com lucidez, o autor nos leva a caminhar com compaixão, amor e perdão diante dos conflitos da vida.
Difícil?
Talvez, mas nesse caso dar um passo com "graça" já mais que meio caminho andado.
Boa leitura!
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