quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Como eu era antes de você

Jojo Moyes
Intrínseca - 319 páginas

"...eu conseguia decifrar o cansaço em seu olhar, os silêncios, o jeito como ele parecia se refugiar dentro de si mesmo." (página 88)

Louisa Clark tem 26 anos, mora com os pais, o avô doente, a irmã e o sobrinho em uma casa pequena, que mal cabe todo mundo, e ainda ajuda com o orçamento doméstico.

Leva uma vidinha pacata com o namorado Patrick, esportista, e não tem grandes ambições. Tudo muda quando ela perde o emprego e, por não ter muitas escolhas, vai cuidar de um homem tetraplégico, Will Traynor, de 35 anos.

Will é rico, inteligente, tem um senso de humor apurado, mas sofre com sua situação: ficou tetraplégico há 2 anos, quando foi atropelado por uma moto, na ida ao trabalho. Era sócio em um escritório em Londres, tinha uma namorada linda e uma vida social intensa e agitada.
Agora, mal move uma das mãos e depende de cuidados médicos constantes. Seu desejo? Morrer em um suicídio assistido na Suíça.

Essa é a trama que vai te prender e te emocionar em cada página.

Há um ano, quando li meu primeiro livro de Jojo Moyes (A última carta de amor), chorei litros. Agora, não foi diferente.

Vale a pena a leitura!

sábado, 19 de outubro de 2013

O príncipe

Maquiavel (1469-1527)
L&PM Pocket - 198 páginas

"... o tempo tudo arrasta consigo (...) ele pode trazer o bem como o mal..." (página 21)

Sabendo que a leitura dessa obra era difícil, adiei o que pude até que decidi: é hoje!

E lá fui eu, ler as instruções de Maquiavel aos governantes para ter êxito nos seus objetivos.

Seguir exemplos dos grandes, ter o povo a seu lado, organizar um exército, fugir dos aduladores são alguns dos conselhos de Maquiavel:
"...o homem prudente deverá constantemente seguir o itinerário percorrido pelos grandes e imitar aqueles que mostraram-se excepcionais." (pág. 34)

"...muito mais seguro é fazer-se temido que amado." (pág. 97)

"Deve, portanto, o príncipe tomar todo o cuidado para que da sua boca não saiam palavras que não estejam perfeitamente coadunadas com as cinco sobreditas qualidades e para parecer, aos que o veem e ouvem, de todo misericordioso, sincero, de todo íntegro, humanitário, de todo religioso. Nada, aliás, se faz mais indispensável do que passar a impressão de possuir esta última qualidade. os homens, in universali, mais julgam pela visão que pelo tato, uma vez que todos podem facilmente ver; somente uns poucos sentir." (pág. 104)

Enfim, "belas" dicas para dominar, manipular e conquistar, coisas que estamos acostumados a ver, mesmo 500 anos depois.

Se quiser arriscar, vale a pena!

sábado, 12 de outubro de 2013

Perdão, Leonard Peacock

Matthew Quick
Intrínseca - 233 páginas

"Aquele dia fervilhava possibilidades..." (página 159)

Você compra o livro porque gostou da adaptação na telinha de um outro livro do autor e...se decepciona. Essa sou eu.

Curti o filme "O lado bom da vida" e achei que esse romance-ficção fosse legalzinho também mas...

Tudo acontece no dia em que Leonard Peacock faz 18 anos e decide matar seu ex-melhor amigo e, depois, dar cabo da própria vida. Para se despedir desse mundo cruel, ele dá um presente para 4 pessoas que são importantes em sua vida.

"...a chave é fazer algo que marque você para sempre na memória das pessoas comuns. Algo que importe." (pág. 11)

Pais ausentes, abuso sexual na infância, religião, conflitos juvenis são os ingredientes dessa trama.

Ao tratar de religião, aliás, o autor aproveita para zombar e jogar todo seu veneno sobre os cristãos. Precisava disso?

Com tanta amargura não é difícil supor de onde saíram tantas ideias homicidas/suicidas. O vazio interior grita alto quando não se conhece o verdadeiro caminho...

Se puder evitar, melhor.