quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Jones Rossi e Leonardo Mendes Júnior
Leya - 415 páginas

"Charles Miller registrou como seu um jogo que já existia no Brasil. Algo de que ele mesmo desconfiava." (página 22) 

Depois de ler o Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, fiquei com gostinho de quero mais. Lá, já havia certas provocações sobre a origem do futebol, mas agora a coisa ficou séria e, aproveitando a época da Copa, ganhamos uma versão dedicada a este esporte, que é paixão nacional.

E pra quem acha que Charles Miller é o pai do futebol no país, já vai um balde um água fria: na verdade, o escocês Thomas Donohoe começou antes, com bate-bola na prática, sem se preocupar em registrar nada.

Mas como era o futebol, no fim do século XIX e começo do XX? Tínhamos times de brancos x negros (eita!). A mistura foi ocorrendo aos poucos.

Nosso 1º craque, Arthur Friedenreich, era boêmio e amava seresta, pôquer e cabarés. Ele fez 568 gols em 580 jogos, uma média de 0,98 gol/jogo. Isso em 1925. Se fosse hoje, com certeza, ele seria um baladeiro de plantão (aliás, acho que isso não mudou muito na conduta dos nossos craques, né?)

E Pelé, qual foi a média de gols dele?
"Com 1282 gols em 1367 partidas, o Rei encerrou a carreira com média de 0,94 bola na rede por jogo." (pág. 62)
Claro que há controvérsias na forma de contar os gols e o livro também aborda isso e fala da média de gols de outros jogadores.

O livro ainda dedica capítulos a cada Copa, aos mitos, às organizadas, aos craques (Pelé, Maradona, Messi) e sentencia: "Não existe na história do futebol melhor time que a seleção brasileira campeã da Copa do Mundo de 70" (pág. 80).

Será?

Uma coisa é fato: depois dessa Copa, algumas coisas terão de ser revistas no livro para uma nova edição, a começar pela contagem de maior vexame do Brasil em jogos da Copa. Até então, o pior placar fora um 3x0...

Boa leitura!





terça-feira, 12 de agosto de 2014

As Crônicas de Gelo e Fogo: A Guerra dos Tronos - Livro 1

George R.R. Martin
Leya - 592 páginas

"Um senhor tem de aprender que por vezes as palavras são capazes de alcançar o que as espadas não são." (página 452)

Depois de assistir as 4 temporadas de "Game Of Thrones", finalmente me rendi aos livros do mestre George Martin. Não que eu não tivesse interesse em ler antes, mas só de pensar onde iria guardar todos os livros, já desanimava. Até que um amigo se dispôs a me emprestar os volumes e, claro, devorei o primeiro livro em menos de 2 semanas.

Aqui conhecemos os sete reinos, suas famílias e suas disputas pelo poder. Em foco, as famílias Stark, Lannister e Targaryen. A primeira tem em Eddard o cabeça, o pai de família que se torna Mão do Rei Robert Baratheon. É casado com Catelyn, da casa Tully, e tem 6 filhos: Robb, Bran, Rickon, Sansa, Arya e Jon Snow (este, bastardo).
Os Lannister são representados por Cersei, esposa do rei Robert Baratheon, seu irmão gêmeo James (O Regicida),o caçula Tyrion (o anão) e Tywin, o pai, de Rochedo Casterly. São cruéis e não medem esforços para conseguir e manter o poder.
E, pelos Targaryen, conhecemos Viserys que não pensa duas vezes em vender a irmã de 13 anos (Daenarys) a um líder guerreiro (Khal Drogo), para recuperar seu direito ao trono.

Traições, lutas, armadilhas, guerras, perdas, decepções, surpresas. Cada página é recheada de emoção e adrelina. Você vai percorrer cada reino com esses e muitos outros personagens marcantes e vai se pegar olhando por cima do ombro vez por outra.
É pegar e não largar!

Boa leitura!

"A loucura e o desespero são muitas vezes difíceis de distinguir." (pág. 289)