domingo, 27 de novembro de 2016

Capelania hospitalar: a misericórdia em ação

Antonino Pinho Ribeiro (Pr Nino)
Ed Capelania Evangélica Hospital SP - 66 páginas



"O serviço de capelania hospitalar consiste num ministério de apoio, fortalecimento, aconselhamento e consolação, desenvolvido junto aos enfermos e seus familiares, funcionários e médicos do hospital. Consiste em levar conforto em horas de angústia, incerteza, aflição e desespero e compartilhar o amor de Deus por meio de atitudes concretas: presença, gestos, palavras, orações, textos bíblicos, música, silêncio." (Citando Baustista - página 31)

Há cerca de 5 anos conheci o Pr Nino e o trabalho que ele faz nos hospitais, com o serviço de capelania. O livro dele Há Graça no Sofrimento? me marcou, pois vi um lado que pouco se fala nas igrejas: o voluntariado com aqueles que sofrem em hospitais.

Nesse novo livrinho, o pastor conta um pouco do conceito e da origem da capelania, do perfil do capelão e dos benefícios da fé para a saúde do enfermo.

Vale a pena a leitura!

sábado, 12 de novembro de 2016

Vá, coloque um vigia

Harper Lee (1926 - 2016)
Ed José Olympio - 252 páginas

"...é sempre fácil olhar para o passado e ver como éramos ontem ou dez anos atrás. Difícil é ver o que somos hoje." (página 243 - dr Finch)

Há cerca de 1 mês escrevi sobre o melhor livro que li nos últimos anos: O Sol é para Todos e, quando soube que a história de Scout continuava em outro livro da mesma autora, corri pra comprar!

O entusiasmo durou pouco. Não porque agora Jean Louise "Scout" seja adulta (ela tem 26 anos), more em Nova Iorque e não tenha casado ainda, mas porque tudo aquilo que eu admirei em Atticus Finch, seu pai, caiu por terra.

Agora, o dr Atticus é um senhor de 72 anos, com artrite, mas ainda trabalha e é ativo na comunidade. Scout, por sua vez, vem visitá-lo sempre que possível em suas férias. Com exceção dos tios, do pai e de Calpúrnia, pouco ou nada sabemos dos outros grandes personagens de "O Sol".

Os embates sobre racismo e intolerância racial continuam fortes em Maycomb, Alabama, e novamente um negro é acusado de estuprar uma mulher branca. O tom, porém, muda e Scout não entende nada. Como pode o homem que a criou pensar de uma forma diferente da que ela aprendeu como correta? E como ela pode se casar com Henry, depois de tudo que viu e ouviu naqueles dias?

Se não fossem pelas memórias de episódios da sua infância com Jem, Dill, Henry e Calpúrnia, o livro seria maçante, batendo sempre na mesma tecla.
Ainda bem que não o li primeiro, do contrário nem seguiria adiante com o outro, que dá de dez a zero neste em todos os sentidos.

E pensar que a autora escreveu este primeiro e não publicou. Só publicou O Sol é para todos e ainda levou o Pulitzer em 1961. Décadas depois (e aliás, pouco antes de falecer), ela decidiu publicar este, talvez por entender que nessa altura da vida não tinha nada a perder.

Ela talvez não tenha perdido, mas eu sim: meu encanto por Atticus Finch se foi...